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SANTANA DE PARNAÍBA

Vereador de Santana de Parnaíba tenta levar crédito por ação do Ministério Público

Agnaldo Moreno diz ser responsável pela reativação de equipamento no HGI

01/12/2024 16h52Atualizado há 2 meses
Por: Redação
Fonte: Raquel Töian

 

Na 31ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, realizada em 15/10/2024, o vereador Agnaldo Moreno usou a tribuna para afirmar que a reativação do equipamento de Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO) no Hospital Geral de Itapevi (HGI) foi um mérito da Câmara Municipal. Segundo ele, um ofício enviado ao governo estadual teria sido decisivo para a retomada do serviço. Porém, os fatos mostram outra realidade.  

A reativação do equipamento foi, na verdade, resultado da iniciativa da advogada Raquel Töian, que, em 25/09/2023, apresentou uma denúncia ao Ministério Público de Itapevi (SEI 024.00000398/2023-00), questionando a paralisação de um recurso essencial à saúde da população.  

Em resposta à denúncia, o Ministério Público instaurou um inquérito civil, pressionando o governo estadual a tomar providências. Como resultado, o serviço foi restabelecido no HGI em 21/08/2024, conforme Contrato 3732/2024.  

Enquanto o vereador tenta se apropriar do crédito, é fundamental destacar que nenhum dos 17 vereadores de Santana de Parnaíba, incluindo Agnaldo Moreno, buscou o Ministério Público para solucionar o problema. A Câmara, que deveria zelar pelos interesses dos munícipes, manteve-se omissa. Foi necessária a iniciativa de uma cidadã para garantir que a questão fosse tratada com a seriedade devida.  

A alegação de que um simples ofício da Câmara Municipal teria resolvido o impasse ignora completamente o papel fundamental do Ministério Público, cuja atuação foi desencadeada pela denúncia da advogada Raquel Töian. Essa tentativa de distorcer os fatos é um desrespeito à população, que espera ações concretas e eficazes de seus representantes.  

Além disso, o episódio lança luz sobre um problema ainda mais grave: a paralisação da construção de um hospital municipal em Santana de Parnaíba desde 2020, sem previsão de conclusão. Até o momento, nenhum vereador tomou medidas efetivas para cobrar o avanço dessa obra vital. Assim como no caso do HGI, a população segue desamparada enquanto os representantes eleitos permanecem inertes.  

A reativação do equipamento de litotripsia no HGI demonstra que, quando os vereadores falham, a cidadania ativa pode fazer a diferença. A advogada Raquel Töian provou que, com determinação e ação, é possível reivindicar direitos e alcançar soluções. É exatamente esse tipo de atitude que Santana de Parnaíba precisa: menos discurso e mais compromisso com a realidade dos cidadãos.

Por: Raquel Töian - Jornalista

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