Nesta quarta-feira (16), o deputado estadual paulista Emidio de Souza (PT) oficiou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para que o colegiado convoque o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para dar explicações a respeito do vídeo em que policiais fazem gestos atribuídos à Ku Klux Klan, organização racista e supremacista branca dos EUA.
No vídeo, publicado no perfil do Instagram do 9º Baep, de São José do Rio Preto (SP), policiais militares aparecem em frente a uma cruz em chamas, erguendo os braços na altura dos ombros, gestos típicos do supremacismo branco e similares aos de grupos nazistas.
Investigação do Ministério Público
O parlamentar também enviou ofício ao procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, pedindo apuração a respeito da gravação e divulgação do vídeo, e punição aos envolvidos. "Fascismo e nazismo não são ideologias passíveis de neutralidade institucional. Sua aparição, especialmente no seio de corporações armadas do Estado, não pode ser relativizada, negligenciada ou reduzida à dimensão de um erro de comunicação", aponta Emídio.
"Cruz em chamas e gestos que lembram saudações nazistas remetem não apenas à estética do terror, mas à banalização do mal", afirma.
Segundo a colunista Monica Bergamo, o MP abriu investigação sobre o caso. "Comprovando-se eventual desvio de conduta, serão tomadas as medidas necessárias para punição dos agentes da Polícia Militar, corporação que continua contando com a confiança do MP-SP", aponta a Procuradoria-Geral de Justiça.
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