O Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Referência em Saúde Indígena em Surucucu, no território Yanomami.
Preparada para atendimentos de urgência, consultas, exames e o tratamento de malária e desnutrição, a unidade é um grande avanço diante da crise humanitária causada pelo abandono da saúde indígena nos últimos anos.
O Centro de Referência fortalece a assistência permanente no território, reduzindo a necessidade de locomoção dos indígenas para Boa Vista (RR).
Projetada para ser referência para atendimento de cerca de 2,7 mil pessoas distribuídas em 46 aldeias, a unidade atenderá a região e também os pacientes dos polos Parafuri, Haxiu, Homoxi, Xitei e Waputha. Assim, a alocação da estrutura neste local é estratégica para o atendimento dessa população.
Desde o começo da operação que mobiliza profissionais de saúde, voluntários e técnicos do Ministério da Saúde, além de todo o governo federal, para reduzir os impactos dos anos de desassistência vividos por essa população, mais de 5,3 mil atendimentos já foram feitos.
De janeiro até hoje, mais de 700 pacientes já foram transportados por aeronaves em todo o território, considerando inclusive traslados entre aldeias e polos-base. Para os pacientes graves atendidos no polo base de Surucucu, o socorro leva cerca de uma hora e quarenta minutos. Com boas condições de tempo, visibilidade, pista e aeronaves disponíveis no momento da emergência, esse é o tempo que dura uma remoção entre a unidade de saúde fixada no território e a capital de Roraima. Com o centro de referência, o objetivo é que mais problemas de saúde possam ser solucionados dentro do território.
O centro de referência foi equipado para atender cerca de 100 pacientes por dia, além de 20 admissões diárias. A unidade é dividida em ala ambulatorial, sala de acolhimento e triagem, salas de estabilização, consultórios, lactário, farmácia, laboratório e microscopia. A estrutura permanente também contará com refeitório, centro de convivência e redários.
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