Tiffany Abreu, primeira transexual brasileira a disputar a Superliga

Primeira transexual brasileira a disputar a Superliga, principal competição do Vôlei Nacional, Tiffany Abreu, sem querer, carrega a responsabilidade de lutar contra preconceitos e dar voz às minorias nas quadras.

Durante a 23ª Sessão Ordinária, realizada na manhã desta terça-feira (2), a vereadora Juliana da AtivOz (PSOL) apresentou uma Moção de Solidariedade à jogadora, vítima de ataques transfóbicos nas redes sociais. O documento foi aprovado e a prórpia Tiffany esteve presente no Plenário para receber uma cópia emoldurada.

Segundo Juliana da AtivOz, no último 21 de abril, após a derrota de Osasco para Minas, na primeira partida da semifinal da Superliga foram feitos mais de 80 comentários transfóbicos contra Tiffany.

A transfobia é crime previsto em Lei. "As redes sociais começaram a massacrar a jogadora, foram mais de 80 comentários transfóbicos. Sei que foram mais de 80 porque estamos acompanhando. Quero deixar aqui minha solidariedade à Tiffany. Você é uma inspiração, até por levar o nome da cidade para muitos lugares", afirmou a parlamentar.

Reforçando que fazer comentários transfóbicos é crime, Emerson Osasco (Rede) disse que essas atitudes são inaceitáveis. "É inadmissível, inaceitável, qualquer tipo de ato dessa natureza. Falamos sobre o que aconteceu com uma pessoa que é ídolo de muitas pessoas ligadas ao esporte. Falamos de uma mulher que tem feito muito pelo esporte de nossa cidade. E imagine, se isso acontece com uma atleta como a Tiffany, imagine com os anônimos", comentou Emerson ao questionar a postura e atitudes, especialmente sobre comentários na internet.